quarta-feira, 26 de maio de 2010

29, quase 30

Me olhei no espelho, na verdade, bem direto, estou mais velho. Engraçado, ouvi algém dizer que o Diabo não é inteligente, ele é velho. Linhas expressivas, sulcos, eu os vejo. Um fio branco surge bem na minha cara. Só pra zuar ele tem o densenvolvimento mais acelerado. Elétrico. Aprendi a imaginar controle. Ótimo exercício. Medito. Paro, me despreendo. Depois volto morto.
Arsanas são quase impossíveis para o lado direito, do corpo. Lesões repetidas destorcem movimentos. Pareço, vez em quando sério demais, centrado, daí outra corrente cria uma onda quântica em toneladas que precisa de transformação, geminiana. Decidido, ariano. Profusão e hiperatividade provocam inquietação e silêncio. Tudo isso aos 29. Amores, tive muitos, não os perdi nem os deixei, apenas aconteceram afastamentos. Família, tenho irmãos, filhos, pais, avós, tios, aos montes. Em cada casa que entrei criei alguns. Dizem que conta-se amigos nos dedos das mãos. Eu precisaria de no mínimo meia dúzia de corpos para ter como contar dezenas de histórias, as quais, as teria vivido e morrido por eles. Feliz. Carente, talvez, manhoso, definitivamente, lutador. Não me importo com vitórias, nunca disputei nada. Pratiquei sempre a atividade de iniciar e ter novas experiências, tentar viver e não só sobreviver. Me lembrarei do que escrevi ao nascer do dia, quem sabe. Reclamo por tudo, mas agradeço sempre. Uma história deve ser contada e lembrada, mas é preciso escrever sempre. Para os que andam, que a estrada seja longa e que venha os metros à frente. Sempre.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Demorô.... quem sabe uma crônica?

Decidi ser croniqueiro. Voltar a ser quem sabe?! Como direi? Voltei a ver crônicas. Uma crônica. Crônica. Quase venéreo. Sincera, nem sei. Verdadeira, ou verdadeiro? Disse a Jabor.
Vi jornais. Animais chacinam pessoas. Seria mais democrático viver sem polícia, política, polis, poliomielite, pelos púbios, qualquer coisa. Nem te protegem e ... fontes seguras indicam que há envolvimentos... animais. Se não tem assunto, (sem acento) ... Como loucos procuradores nos empenhamos a sempre escapar. Com vírgula, sem vírgula, vírgula, vírgula, ponto.
Animais. Podia-se parar de comer animais, animais. Animais. Ficou um grave sintático erro rico rítmico numa crônica. Então, aliteração que nem precisava. Crônica. Diferente de crônico, ou não?
Lembrando que a mudança é constante e involuntária. As coisas são como são. As crônicas são como são. Crônicas.