quinta-feira, 19 de julho de 2007

Antiga Caruaru, hoje Jaz

Rua do Comércio, 1905 - Acervo fafica.



Igreja Nossa Senhora das Dores, 1908 - Acervo Fafica




Catedral Nossa Senhora das Dores, Maio 2007 - Biranunes




Uma marca de resistência (Almir, você precisa ver essa) - Biranunes
Restos da primeira iluminação trazida para a Terra dos Avelozes. Ainda intacta por desatenção.



Não há quem diga! Avenida Rio Branco na década de 60 - Foto Pissica.
Hoje não se vê fachadas.


Exemplo de preservação e história. Olinda 2007.




Já vi em algumas cidades centenárias a valorização do seu casario, assim quando considerados históricos. A boa utilização do turismo e a cultura tradicionalista de preservar sem perder a noção de tempo, aproveitando da melhor forma para a prosperidade do local gera bons rendimentos em termos econômicos.

Os exemplos são a Cidade Alta de Olinda que mantêm suas ruas tombadas e suas fachadas preservadas. Na cidade de Floresta um casario antigo colorido também traz um sentimento nostálgico e agradável ao olhar e a cultura. Em Recife, o centro do Recife antigo mantêm sua originalidade em meio a prédios e tecnologia. O Jaraguá em Maceió, e as principais capitais Brasileiras valorizam seus centros históricos como atrativos culturais.

Vemos a cidade de Caruaru, referência para todo o Agreste de Pernambuco, a mais desenvolvida do interior do Estado, detentora de tantos títulos de ser a maior do mundo em gastronomia, cultura e diversidade. E Infelizmente não pratica a melhor forma de turismo. Perdendo forças a cada ano para o São João de Gravatá, por possuir melhor infra-estrutura, Caruaru não vê mais suas festas populares e também não vê mais a explosão turística vista em outros anos.

Com este post quero mostrar uma situação que infelizmente não deveria acontecer, sua vocação para o comércio destrói identidades. Infelizmente Caruaru deixou de ser a mesma retratada por escritores como Fagundes Varella, José Condé e Nelson Barbalho. Por amar Caruaru me incomodo. Adeus Catedral Nossa Senhora das Dores, Mercado de Farinha, Feira de Caruaru. Gostaria de ter nascido há no mínimo 60 anos. O que ainda existe pode ser preservado. Só precisa de um primeiro passo.

3 comentários:

Eliaquim Oliveira disse...

Infelizmente é a pura verdade que Caruaru, assim como muitas outras cidades, não dá o valor merecido aos seus monumentos históricos. As estátuas, bustos, casarões e igrejas que deveria estar intactas com suas arquiteturas originais, hoje não existem mais. E retratar o pouco que ainda existe dessa memória é uma iniciativa a ser aplaudida.
Parabéns, Bira, por esse belo trabalho que sempre soubemos o quanto você faz com dedicação. Continue assim, cara. Um abração.

Almir Vilanova disse...

Grande Bira!

Brilhante o esforço pelo registro do passado e do presente da nossa cidade na grande rede! Você, como sempre, nos dando o prazer de ter acesso ao seu modo (evidentemente ideológico) de escrever com a luz!

Abração, meu velho!!!

turuta disse...

Sou Recifense, mas na minha adolescência passava as férias escolares (todos os anos) em Caruaru. Subi o morro a pé pelo mato, assisti vários filmes no extinto e único Cinema Santa Rosa, andei por todos os lugares que poderia explorar e me divertir naqueles bons tempos. Hoje, fico realmente triste quando chego a Caruaru. Mais triste fiquei quando comprei, recentemente, um cartão postal da Antiga Igreja das Dores e Palácio Episcopal. Pendurei meu belo cartão no computador e quando estava com meus familiares , o meu irmão comentou com o meu octogenário pai sobre a derrubada daquela Igreja. Meu Deus! Não acreditei sobre o que falavam e de logo interrompi. Vcs estão dizendo que derrubaram aquela bela Igreja e construíram aquele “CLONE” ridículo da Catedral de Brasília??! Sinto realmente por vcs meus amigos Caruaruenses, mas saibam que também aqui em Recife tal CRIME aconteceu , pois derrubaram uma antiga Igreja para construção da famigerada Dantas Barreto . Até hoje se discute sobre a desastrosa alteração urbana. O problema é que foi feito, enfim, vcs ficam com o “clone” rss e eu fico com uma avenida que hoje serve de ponto de camelôs . Um abraço a todos.