quarta-feira, 27 de maio de 2009

Um milagre..... NADA | Até Nietzsche chorou

Nunca pensei em ser Niilista, também nunca li nietzsche. Mas tenho uma, muito breve, imaginação do que ele pensava.... Claro que um lunático nunca pensará como um filósofo, ou será da mesma maneira, não sei. Mas, assim como nos anos setenta, coisa q também nem eu nem Nietzsche viveu, o ideal the DREAM IS OVER bate em nossa porta novamente, pelo menos pra mim que vos conto essa história .

Um milagre..... NADA.


Trago agora um conceito Niilista, eu acho - Nitch (para os íntimos), diria que não há unidade, fim ou verdade. Tudo torna-se questionável. Mas por quê merda estou falando nisso?? Acompanhei na noite desta terça pra quarta, das 10 da noite às quatro da manhã, um resgate dramático. As circunstâncias levariam qualquer ateu a questionar a física. Mas .... o que dizer quando algumas toneladas de lama, escombros, uma casa em cima doutra, lama, água, temperatura baixa e uma geladeira ficariam em cima de um raquítico garotinho de 5 anos, agrestino por nascência, duro feito pedra e o permitiria ficar vivo por mais de 10 horas até ser resgatado, como um próprio bombeiro falou - Um instrumento de DEUS para retirar Allan dali???

Essa história é bem maior q eu consiga contar.... Afinal das contas estava lá pra registrar o fato e não me emocionar com o mesmo. Mas e o milagre??? Por volta da meia noite 00:00 .... (o deslizamento do barranco foi às 17h) emoção.... Escuta-se uma criança gritando. O choro incessante daquele guri parecia octanagem para os militares do corpo de bombeiros, moradores da localidade complacentes daquela situação.

Devia haver uns 30 homens com enxadas, pás, baldes, mãos, canetas, acompanhando todo o processo. O guri não parava de falar.... durante horas ele falava, gritava, chorava, conversava, devaneava, fazia que aqueles delicados homens brutos arrastassem o que existia entre eles para o salvamento.

Poderia criticar aqui abertamente o estado, pelo pouco suporte aos seus homens, poderia criticar a falta de preparo daqueles que estão no comando, fofalhões, que não foram treinados para liderar e sim para em meio ao tumulto repetir ordens, poderia criticar a medicina (ou o médico do atendimento que não sei nem onde estava), a falta de um helicóptero por não ser permitido voar à noite, criticar, criticar, mas não traria o joven Allan de volta. Já precisei me despedir em vida, de um Allan, e se o nome desse garoto seguir a personalidade dqueles que o possuem, ele deveria ser, com certeza, uma ótima pessoa. Nos deu esperança, nos fez acreditar no milagre. O milagre que talvez não exista. Que seja apenas uma lição para aqueles que acompanham o fato. Tocando cada um de uma forma diferenciada. Cada um com sua resposta, cada um com sua lição.

Até Nitch chorou... algum dia


De um dicionário extraí.
Alan: Significa belo , harmonioso e indica uma pessoa emotiva, que se magoa com facilidade, embora nem sempre demonstre sua tristeza. Prefere exibir sua simpatia para cativar todo mundo que o rodeia.

E Nietzsche..... Na próxima ida a cultura trarei um exemplar desse lunático, já que eh moda fazer isso e daí quem sabe criticarei também o Niilismo.

Notas de pédetexto.
Só pra efeito de comentário.... O local do soterramento da mãe da criança, era onde todos trabalhavam na retirada de allan.
"O homem afeta a natureza, a natureza afeta o homem" - What goes around, comes around.
Texto composto escutando The Final Cut - nada mais apropriado.

2 comentários:

PRANA disse...

Nietzche acreditava e fazia crer no homem como estado de potencia, não somos oq aparentamos e sim oq podemos ser. o suicidio poderia mto bem desistir de viver e continuar vivendo, viver seria lutar contra a morte. desta forma os desafios potencializam o que nós podemos ser, estado de potencia latente.

devemos viver alem das adversidades, Nietzsche nunca falou em super-homem e sim no alem-do-homem.

vc nem sabe o quanto eu te admiro. abraço charlie brown

Isis Dani disse...

caracaaaaaaaa!
sem palavras!
e nao desejaria está em seu lugar, sou movida pela emoção!

bjo Bira!