segunda-feira, 25 de maio de 2009

Sábado Floyd

Trago mais um relato q dos poucos que lerão, nenhum deles se identificará, mas gostaria de deixar registrado a façanha. A história a mim contada, farei o uso da narração e assim a comandarei como relator e papel de participante.

Era um sábado daqueles. O vapor já tinha feito a correria, ao todo éramos uns 15. Tinha nego de toda cor, tamanho, sexo e tudo que a diversão permitisse. Todos carregando mantimentos, vinho, alimentos, coisas, apetrechos, uma resenha. Conseguimos um carro para levar o som... (Na verdade um paredão). Hugo com toda sua experiência levou o que tinha de melhor. A intenção era de passarmos um final de semana legal... Tipo: chegar no sábado e só sair no domingo à noite. Daí já dava para perceber o que rolaria. O local da festa - casa - se assim podemos chamá-la, em um bairro nobre da nossa capital. A mansão só de suítes tem umas 10(por alguns anos abrigou A secretaria municipal de esportes - serve como referência. Às noites usavamos para brincar de esconder a coisa. Uma brincadeira com um fundo de maldade. um puto corria com a monstruosidade, enquanto os outros putos ficavam feito loucos querendo participar da folia. Outras noites apreciávamos a vista da monótona Capital do Forró.

Mas voltando àquele sábado. O Salão principal foi aberto. Entraram todos, se distribuíram. Alguns se dirigiram para a sauna, onde sobre o mármore rolava algumas corridas anônimas. Pelos quartos, bossais acendiam charutos e incensos para dar bom astral a brincadeira. No vão principal, hugo, joão e eu preparávamos o som. Eu com minha disqueira que foi roubada do palhinho corredor, preparava-me a la Disque Jóckei. Na seleção rolava desde o Drum'n'bass de MD2 até o velho bezerra, cantando histórias sobre a vizinhança. Maiden, Motorhead, Nirvana, soulfly, sepultura - tudo o que viesse era som - e dava o ar trash do drama. Para abrir as comemorações escolhi, em próprio punho o melhor que achei naquela ocasião. Pink Floyd, The wall. Cara...... imagine escutar Floyd num espaço acusticamente perfeito.... Tinha nego dando grito da piscina dizendo bota pra fudê, meu irmão!!! (dods)....

A festa então começara. Os galões de vinho tipo exporchapação, foram abertos e rapidamente distribuídos. O som q deu início ao processo..... Another Brick in the wall.... (Nos sentíamos rebeldes contra o sistema gritando só aquilo que sabíamos. "We don't need no education!!! We don't need no thought control") .... Tochas acessas, o mormaço subindo escadas e descendo escadas, correrias e histerismo de toda aquela galera por estar livres e vivos, curtindo bons.

O DJ acompanhou a mudança de som e soltou na disqueteira a faixa n°12 do disco 1. Lá descendo como um avião com uma peneira em cima a parte 3 gerou sua energia... Vidraças quebram.... tudo muito natural para um som que estrondava destruição em tudo, porém nada no chão. Nossa festa não durou mais que quinze minutos, o pai da dona da casa, que por sinal tem nome de erva, chegou berrando abrindo portões expulsando todos gritando para apagar incêndios botando água no chop de todos e lá saímos ... cabeças baixas, solidão, caixas amplificadas nas costas, trajeto de quase 4 kilômetros e um outro destino, deixar equipamento e correr para as Baraúnas. Não foi o que queríamos, mas ficou a lição. Pra fazer chover não use som de trovão.

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